Manual do Cafajeste (só para mulheres)

terça-feira, 2 de março de 2010



MÃE SOLTEIRA

Não foi descaramento,
Nela não havia maldade.
Apenas impulsos, arroubos,
Sintomas da pouca idade.
Ovelha negra era agora
Na boca da sociedade

Sua barriga crescia,
Seu vestido encurtava,
Sua cintura antes fina,
Dia a dia engrossava,
E o filho feito a dois
Sozinha ela carregava.

Seguiu firme sua sina
Carregando barriga e dor.
Lembrava da mãe de cristo
Que pelo seu filho lutou.
E entregava seu destino
Nas mãos do redentor.

Em nenhum momento,
Seu ato a envergonhou.
Com o nariz empinado,
A caminhada continuou.
Segurou firme nos braços,
O que o ventre lhe ofertou.

Boa mãe é com certeza,
E a outro filho deu a luz.
Continua mãe solteira,
Sem achar que é uma cruz.
Sem dizer amém as regras
Que a sociedade produz.

Apontada como exemplo,
De mãe bem sucedida,
Pelos que antigamente
A chamavam de perdida.
Ela sorri ironicamente
Das voltas que dá a vida.

É +/- ASSIM QUE ACONTECE COM QUASE TODAS AS MÃES SOLTEIRAS, INDEPENDENTE DE RAÇA COR,CLASSE SOCIAL OU CREDO...MAS NÓS MÃES GUERREIRAS COMO A DO POEMA ACIMA,SOMOS VENCEDORAS E IMENSAMENTE FELIZES COM A DÁDIVA Q DEUS NOS DEU DE SER MÃE E NA SUA GRANDE MAIORIA PÃE TB..

2 comentários:

  1. A poesia expressa a mais plena verdade mesmo depois de tantas mudanças do mundo nós que conseguimos criar nossos filhos sozinhas ainda somos descriminadas.

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  2. Pois é kerida Mary....em pleno 2010 nós mães solteiras ainda temos conviver com isso..discriminação,desrespeito,e falta de oportunidades devido a esse condição..q ironico ñ? ser mãe é a coisa mais dadivosa q existe..e ainda nos descrminam..

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